Vínculo familiar é ponto-chave na sucessão rural, em região onde se produz Erva-mate

Nesta semana um Dia de Campo sobre Erva-mate, realizado em União da Vitória, mostrou as possibilidades de renda a partir da llex paraguariensis. Tudo dentro da sustentabilidade do Programa Inovar do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) em parceria com a Casa Familiar Rural (CFR). De prático, as reais condições de jovens realizarem a sucessão familiar, produzindo Erva-mate com formação técnica escolar.

“O tema sucessão familiar é muito trabalhado durante os três anos de curso e o jovem em formação devido ao sistema de alternância consegue manter grande vínculo com a família auxiliando nas atividades da propriedade e levando conhecimento técnico. Cada propriedade passa a ter o seu próprio técnico o que garante mais conhecimento na propriedade e na comunidade em que o aluno está inserido”, observa a Sandra Brixi, engenheira agrônoma da CFR de União da Vitória.

Ela coordena projeto na instituição e entende o fato de os jovens terem “mais possibilidades de ficar no meio rural evitando o êxodo para a cidade em busca de melhores oportunidades”, com essa metodologia aplica. A parceria da instituição de ensino com o IDR-Paraná criou o Programa Inovar. Conforme Sandra Brixi uma inciativa que “traz muitas possibilidades para os jovens, garantindo renda e permanecia no meio rural”.

O ensino integra conteúdos técnicos com a Base Nacional Comum (BNC), tendo a aplicação prática dos conteúdos da Escola no cotidiano da atividade agropecuária dentro da propriedade familiar. Também praticando os conhecimentos no espaço escolar, propriedades parceiras, realizando visitas técnicas e participando de Dias de Campo. “O ensino é diferenciado, pois o aluno sabe como colocar em prática na propriedade o que aprende na escola”, destaca.

A engenheira agrônoma frisa seu papel de professora onde busca “aliar teoria e prática facilitando o aprendizado e fazendo com que o estudante entenda o motivo que está aprendendo aquele determinado conteúdo”. Integrando diversas disciplinas, com aulas e atividades práticas “é muito gratificante visitar o estudante na propriedade e ver que aquilo que ensinamos está sendo implantado na propriedade”, comemora.

Até porque, na metodologia da CFR, os professores vão até as propriedades e auxiliam seu aluno e familiares nas plantações e criações, “além de dar dicas de possibilidades de diversificação das fontes de renda”, acrescenta. Tendo na aplicar alternância, entre fica uma semana na escola e outra na propriedade, a possibilidade de transferir conhecimento à família. Focando a sustentabilidade, e aprendizado para “produzir alimentos saudáveis, gerar renda e cuidar do meio ambiente”.

Com informações CFR e imagens IDR-Paraná.