O Centro Vocacional Tecnológico (CVT) Erva-Mate, em Ilópolis, no Vale do Alto Taquari – Estado do Rio Grande do Sul -, inaugurando nesta quinta-feira (07/11), abre espaço para o seminário sobre a futura Indicação Geográfica (IG) da Erva-Mate do Alto Taquari. A abertura oficial é às 7h30 desta sexta-feira (08/11) e ao longo do dia diversos assuntos serão tratados.
Temas como a pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estão na agenda. Essa tratativa fornece os subsídios para a IG, os processos para obtenção, os impactos como estratégia de agregação de valor e aspectos legais.
Um exemplo de Identificação Geográfica, em outras culturas e locais no Brasil, e também a experiência do Vale dos Vinhedos será assunto do evento. “Este Seminário vai trazer informações de pesquisa, de desenvolvimento com relação à Erva-mate aqui na região e mostrar para os produtores, para as agroindústrias”, afirma Ariana Maia, mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e membra da AA Erva-Mate.
Essa exposição abrange também a comunidade do Alto Taquari, “a importância deste trabalho da Indicação Geográfica na modalidade denominação de origem, que é a nossa vocação”, acrescenta Ariana Maia. A pesquisa desenvolvida pelo DDPA/Seapi vai ser apresentada no Seminário no período da tarde. Dentre outros aspectos, foca investigar o potencial de uma Indicação Geográfica (IG) no Polo ervateiro do Alto Taquari.
Buscando “a caracterização das condições edáficas, ou seja, de solo, deste território, a caracterização das condições climáticas e a caracterização histórica da ocupação do território Alto Taquari”, segundo a Seapi. No período da tarde, o pesquisador Bruno Lisboa, engenheiro agrônomo do DDPA/Seapi, apresentará às 14h30 o painel “Subsídios para Indicação Geográfica Alto Taquari: Aspectos relacionados aos solos e material de origem da região”.
O trabalho está relacionado à região do Polo do Alto Taquari e relação aos solos que é diferente das outras regiões ervateiras do estado. “Nós vamos apresentar dados de análise de solos, de análise foliar, tudo para mostrar as diferenças em relação a outros polos produtores de Erva-mate”, antecipa Lisboa. Ainda, Larissa Ambrosini, coordenadora da pesquisa, vai falar sobre o registro da história do cultivo da erva-mate no Alto Taquari.
Depois, a agrometeorologista Loana Cardoso, também pesquisadora do DDPA, aborda os resultados das condições ecoclimáticas do território do Polo ervateiro do Alto Taquari. De acordo com o estudo, as condições climáticas foram caracterizadas com dados de 30 anos e detalhadas com dados de três estações meteorológicas instaladas em municípios do Polo Alto Taquari, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2023.
Com informações e imagem da Seapi/RS.