Produto presente na vida do gaúcho e com mais de 150 princípios ativos nas suas folhas

A Erva-mate é planta “santa bendita e milagrosa cidadã vegetal”, no contexto do seu processo histórico contado pela Prefeitura de Ilópolis e cedido para o Sindicato da Indústria do Mate do Estado do Rio Grande do Sul (SindiMate/RS). Acrescentando, “quem sabe em alguma cidade do Rio Grande do Sul, você receba a sua ‘beatificação’ e se erga uma catedral (o museu) e uma estátua em reconhecimento aos seus relevantes rendimentos a sua pátria”.

Ao longo dos últimos 100 anos, conforme esse levantamento, diversas adversidades se sucederam, como disputa de espaço com a cultura de soja e, por conta da limpeza territorial para plantar a leguminosa, necessidade de comprar de outros Estados para não faltar o chimarrão na mão dos gaúchos. Junto disso veio o ressurgimento por suas propriedades medicinais e alimentícias, puxadas por músicas nativas e constituindo vínculo com os jovens e a identidade gauchesca.

“Quando o mundo, e principalmente os países industrializados buscam produtos naturais, pela exigência de seus consumidores, a ‘santa e milagrosa’ Erva-mate desperta a atenção de especialistas japoneses, alemães, franceses, austríacos, americanos e brasileiros”, observa o texto da Prefeitura. A planta em si, o “nosso ouro verde” conforme define o processo histórico, tem mais de 150 princípios ativos e imensos potenciais a serem explorados.

Nessa composição, “concentra magnésio em suas folhas, um dos elementos minerais tidos como responsáveis pela longevidade dos seres humanos (quem sabe esta é uma das razões do gaúcho ser o povo com maior expectativa de vida no Brasil). Também que, possui propriedades anticépticas, capazes de eliminar as temíveis bactérias e fungos causadores das infecções hospitalares, entre outros tantos atributos”, frisa o texto no site do SindiMate.

“Numa interação entre clima, solo e genética vegetal, existem regiões no Rio Grande do Sul contempladas com um produto de características de gosto e paladar fraco e suave aos apreciadores do chimarrão. Além, de ser berço natural deste exuberante e magnífico cidadão vegetal”, destaca a publicação. Observando a existência da Erva-mate “naturalmente”, apenas no sul do Brasil, noroeste da Argentina e a parte oriental do Paraguai.