Após a retirada dos jesuítas do País, coube aos tropeiros, bandeirantes e mascates o comércio da Erva-mate, desde o Rio Grande do Sul até Minas Gerais. De certa forma, conforme alguns entendimentos históricos, a criação de povoados, monopolização de capital e trabalho e movimento econômico levou à criação do Estado do Paraná, em 19 de dezembro de 1853.
O Sindicato da Indústria do Mate no Estado do Rio Grande do Sul (Sindimate/RS) cita esses fatos ao mencionar o processo histórico da Erva-mate no Brasil. No início do século XIX há registros de embarques em navios, a partir do porto de Paranaguá, com destino à Europa, Estados Unidos da América e principalmente para os vizinhos latinos.
Na década de 1920, tanto era moeda da época quanto o principal produto brasileiro de exportação. Foi um período de expansão, sustentado por exploração intensa dos ervais nativos, com força de trabalho de imigrantes e constituição do chamado Ciclo da Erva-mate. Dezenas de empresas ervateiras familiares surgiram nesse período, na região de Erechim e Getúlio Vargas.
Essa abrangência econômica veio sobretudo da lida com a produção e abundância da planta nativa. Os três Estados do Sul “reinavam absolutos na produção e comercialização da Erva-mate”, conforme aponta o Sindimate/RS. Sendo o Rio Grande do Sul, também, além de principal produtor, o maior consumidor “produtos ervateiros até a década de 60.”