Controle biológico e atenção em primeiros estágios são defendidos por pesquisadora

 

A pesquisadora Maria Elena Schapovaloff, do Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria (Inta) da Argentina, palestrou no 3º Seminário da Erva-mate XXI, em Curitiba na semana passada. O assunto abordado na sua fala teve relação com as pragas presentes na cultura de Erva-mate e os avanços no controle biológico e alternativo argentino, o maior produtor mundial de Mate, com destaque para a província de Missiones.

Maria Elena mencionou diversas pragas encontradas em plantas Erva-mate. Dentre elas, a broca-da-erva-mate, a ampola-da-erva-mate, os ácaros e outras espécies que “são mais recentes e precisam ser monitoradas”. No seu estudo e trabalho, a pesquisadora, segundo o que disse, tem atuado tanto com produtores orgânicos quanto com os convencionais disponíveis. Obviamente, o seu foco no cultivo orgânico se deve às restrições de uso de defensivos.

Tanto que, Maria Elena destacou, no seu conhecimento aos produtores e abordagem da temática feita aos presentes, a opção por uso de produtos biológicos ou alternativos nos ervais. Além disso, sendo importante estar atento aos primeiros estágios da praga para poder controlá-la. Para isso, a especialista citou estudos sobre controle de pragas, usando armadilhas amarelas adesivas e fungos entomopatogênicos.

De novo, nesse campo científico, uma descoberta interessante foi a presença de lagartas desfolhadoras parasitadas por larvas de uma mosca, podendo ser uma futura forma de controle. De certa forma, um tipo de praga estudada no Brasil pela própria Embrapa na cultura do Maracujá e com avaliação de serem comuns em períodos secos do ano e poucas dessas espécies, segundo esse apontamento, trazem ‘danos econômicos’ em maracujazeiro.