A radiografia da Erva-mate no Brasil, divulgada nesta terça-feira (13) no Rio Grande do Sul, traz informações sobre valores e quantidades exportadas desde 2014 até 2024, permitindo um comparativo de volumes e preços. Os dados estão no Informativo Roda de Mate, edição 89, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
De 2014 a 2023, o país exportou na média para 48 destinos por ano e 40 mil toneladas. O Uruguai é o maior mercado comprador, com percentual de 67,65% – dois terços de todo o comércio internacional de Erva-mate brasileira. Dos aproximadamente 3.470.000 kilos vendidos em junho de 2024, por exemplo, o país recebeu exatos 2.347.509 kilos.
A Síria ocupa o segundo posto, com 460 mil kilos, depois argentina com 392.750 e Chile com 95.900. Na Europa a Alemanha lidera o ranking com 74.025 kilos. Esses dados são das exportações do mês de junho de 2024 e também mostram os preços praticados em dólar. Enquanto os alemães pagam US$ 3,81 por kilo, Uruguai US$ 2,09, Argentina US$ 2,25 e Síria US$ 1,95.
O Informativo Roda de Mate cita a evolução de 2014 para 2023, passando de 34 milhões de kilos para 41, numa evolução de 20,6% nesses dez anos. Contudo, o preço era de US$ 3,30 e em 2024 está em US$ 2,08, ou seja, 37% inferior. Depois de uma evolução considerável onde quase atingiu 50 mil toneladas vendidos em 2020, no ano seguinte tem o recorde de 55.211.982 kilos.
Depois disso, as vendas caíram nos dois anos seguintes, 48,06 mil e 41,2 mil, respectivamente em 2022 e 2023. Por outro lado, a média do preço passou de US$ 1,76 em 2020 para US$ 2,16 no ano passado. Em reais isso representa R$ 2,18 a mais por cada quilo exportado, na cotação atual. Esses dados mostram as oscilações de mercado e valores praticados.
Dentre o ranking dos dez maiores países compradores de Erva-mate brasileira, figura a Argentina (ora superada pela Síria – parceiro comercial dos próprios argentinos), em evolução na última década. Em 2014, conforme aponta o Roda de Mate, não estava nesse grupo, mas nos últimos quatros anos é o segundo país importador. Enquanto o Uruguai mantém compras estáveis.