O Informativo Conjuntura (boletim semanal) divulgado na última quinta-feira (07/11) retrata a situação em várias regiões gaúchas. Desde produção e preços até plantio e brotação. Na região de Erechim, “o mercado da cultura apresenta baixos preços e reduzida demanda. A Erva-mate está na fase de colheita, e o rendimento atinge em média 900 arrobas, podendo ultrapassar mil arrobas para produtores que realizaram melhor manejo na cultura. Os preços na região são: R$ 18,00/arroba na porta da indústria e R$ 11,00/arroba na planta”, cita a divulgação oficial.
Por sua vez, na região de Frederico Westphalen, o plantio foi realizado e os ervais recebem os “tratos culturais e acompanhamento, exceto em algumas áreas onde o replantio ocorre mais tarde com mudas maiores”. Com as plantas colocadas em áreas de “agrofloresta adensadas e ervais solteiros”. O fator positivo é a estiagem prevista não ter se confirmado. Isso reduziu a perda de mudas, além de não precisar “molhar”. As mudas custaram em torno de R$ 1,80 cada unidade.
“A produção de folhas está muito boa de acordo com a época, pois o clima está favorável ao desenvolvimento dos ervais. A colheita e a industrialização da Erva-mate ocorrem de forma mais lenta devido à época de brotação, e muitos produtores não colhem neste período. A exportação segue normal. Os preços praticados na região são os seguintes: Erva-mate folha para chimarrão (entregue na indústria), R$ 24,00/arroba; erva-mate folha para exportação e tererê (entregue na indústria), R$ 20,00/arroba”, aponta a publicação da Emater.
Na região de Soledade, os ervais apresentam “boa brotação por causa da umidade do solo, da radiação solar e da temperatura adequadas ao crescimento”. A atenção fica por conta do aparecimento de ampola, praga preocupante na cultura e necessário o manejo recomendado com a utilização de bioinsumos. Também, a broca ou corintiano precisa ser combatida com produtos “registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)”.
Apesar dos novos plantios “apresentam ótimo pegamento”, a Emater alerta que “os dias quentes podem causar sua morte, se plantadas mais tardiamente (agosto e setembro)”. Ao passo que segue a colheita, mas a Erva-mate “perde a qualidade em função das brotações novas”, enquanto o preço pago ao produtor varia de R$ 18,00 a R$ 23,00/arroba.
Por sua vez, na de Caxias do Sul o plantio concentra-se no entorno do município de Guaporé, aproximadamente 650 hectares, sendo atividade tradicional da agricultura familiar. “A maioria dos ervais são colhidos em regime de parceria com as empresas beneficiadoras e conduzidos no sistema de monocultura ou extrativista, através do manejo de ervais nativos remanescentes. Em pequeno número de propriedades, os ervais são conduzidos em sistemas agroflorestais e recebem manejo e produção diferenciados, o que agrega valor ao produto”, conforme o boletim.
Disso, “observa-se a busca por Erva-mate mais artesanal, feita em escala menor de produção. A cultura está em desenvolvimento, e são boas as condições fitossanitárias. Os produtores realizam tratos culturais e finalizam a adubação e o manejo do baixeiro nas plantas que não foram colhidas. Também fazem a colheita. Os preços praticados estão entre R$ 15,00 e R$ 18,00/arroba da erva convencional; e entre R$ 16,00 e R$ 20,00/arroba da erva orgânica”, concluí o informativo.
Com informações do Informativo Conjuntural da Emater/RS Ascar e imagem de arquivo/Vanessa Almeida de Moraes/Emater.