Erva-mate, no mercado internacional, precisa de garantia do produto

A visão de concorrência é absolutamente normal dentro de qualquer campo dos negócios. Diante do cenário de projeção do município de Venâncio Aires e Canoinhas, em Santa Catarina, ter perdido a vice-liderança, a empresária Juliane Seleme Brehmer demonstra visão ampla do campo de exportação. Ela preside a Câmara Setorial Nacional da Erva-mate do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no biênio 2024/2025.

Juliane participou de um podcast pela Rádio do Mate e site história da Erva-mate, e citou seu papel e da empresa da família na exportação. Também o cenário regional, nacional e mundial ervateiro. Desafios, oportunidades e necessidade de união de forças para fortalecer a cadeia produtiva, desde o produtor até o consumidor final. Inclusive, para manter um contrato os importadores necessitam de garantias de entrega de produto.

Diante dos dados de exportação, a liderança de Encantado e Venâncio Aires, ambos municípios gaúchos, à frente de Canoinhas no ranking de exportação, Juliane colocou uma informação crucial. “Hoje quando eu digo que Canoinhas, que a Seleme exporta Erva-mate, eu estou dizendo que exporto Erva-mate de São Mateus do Sul, de Bituruna, de Cruz Machado, mas também de Erechim”, explica.

A sua ervateira compra de outras região e disse se sentir feliz quando outras cidades despontam no cenário exportador. Pegando exemplo de quando teve muita chuva no Rio Grande do Sul, outros Estados conseguiram abastecer o mercado e não deixaram faltar produto para o consumidor. “Então a gente já está ficando forte, no Brasil com Erva-mate, que não vai ter uma intempérie que nos quebre, que nos diminua”, observa.

Disso, quando a Seleme negocia um grande contrato externo tem o compromisso. “Preciso provar”, frisa que “aconteça o que acontecer” terá produto para fornecer, conforme a negociação feita. “Haja o que houver, eu preciso entregar a Erva-mate”, disse. Caso de incêndio, como ocorreu com a ervateira Elacy recentemente, é um desafio ao empresário, mas dentro do setor tem de ser superado, chegando o Mate ao comprador internacional.

Apesar da concorrência, Juliane Seleme Brehmer menciona essa cooperação para manter o mercado de Erva-mate e manter o comércio, sem perder espaço para os países vizinhos. “Digo isso, como presidente da Câmara Setorial. A missão é unir o setor. E todo mundo tem de ganhar”, reforça. Se o produtor não ganhar com Mate, vai trocar de cultura e isso não ajuda a a cadeia produtiva, em sua visão.

Para a empresária, o fato de Venâncio Aires superar Canoinhas é algo positivo. Inclusive, desafiando outras cidades nesse ranking, Juliane citou a importância da produção final e indústria de exportação ganhar novos espaços a partir de municípios paranaenses, grandes produtores, caso de São Mateus do Sul, Cruz Machado e Bituruna, por exemplo. “Vamos fazer isso crescer, desenvolver”, completa a presidente.

Com informações via podcast Conversa & Chimarrão/Rádio do Mate e imagem de arquivo/Embrapa/Katia Pichelli

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