Erva-mate: renda, medicinal, cultural, saúde e alimento, nas suas múltiplas facetas

Dia 16 de outubro, amanhã quarta-feira, é o dia Nacional da Alimentação. Nesta data, a Emater/RS Ascar, dentro do Programa Gaúcho para Valorização e Qualidade da Erva-mate – ações previstas no Contrato da Emater e Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), promove um evento sobre segurança e soberania alimentar, diretamente relacionado à saúde, em Venâncio Aires/RS – polo Região dos Vales. “As plantas medicinais no cuidado com a vida” é o tema no 5º Fórum Municipal de Segurança e Soberania Alimentar na Agricultura Familiar, no Ginásio da Vila Palanque, a partir das 9h.

O município tem grandes ervateiras e indústria de processamento. Na região se produz Erva-mate, especialmente para o Tererê, segundo Djeimi Janisch, extensionista da Emater/RS. Isso, por conta do tipo de solo e clima, tendo sabor mais acentuado e manufaturada com foco para esse mercado, e potencial de vendas para o Centro-Oeste. Enquanto, para chimarrão as empresas trazem a matéria-prima de outros locais, principalmente do Paraná e outras do Rio Grande do Sul.

Além da importância econômica, tanto a região quanto o Estado exportam o Mate, existe essa relação com a cultura, lado social e meio ambiente. “São agricultores familiares que tem na Erva-mate a diversificação de renda”, segundo a extensionista. Gera renda e contribuí com a preservação por ser nativa, do sul do Brasil e Mata Atlântica. Ainda, faz a fixação de carbono, conforme Djeimi Janisch.

A temática do evento, “as plantas medicinais no cuidado com a vida”, leva ao entendimento, não aapenas de ver a planta como remédio. “Mas como questão de saúde emocional”, acrescenta a extensionista. Trabalhar, também, a saúde preventiva por meio do manejo e trabalho com plantas. “É uma terapia trabalhar com as plantas. Por isso, no cuidado com a vida”, explica sobre o tema.

Quanto mais se incentiva o plantio e o cultivo, para Djeimi Janisch, “a gente está cuidando da vida enquanto meio ambiente, da vida enquanto cultura porque o hábito do uso de plantas também é cultural e por isso entra a Erva-mate”, fazendo essa conexão. A planta em si, segundo ela, tem potenciais para além desse costume. “Muitos princípios ativos envolvidos”, podendo trazer ainda mais benefícios para os consumidores.

Nesse aspecto, acaba sendo deixado de lado, até pela mídia, esses valores, os outros usos e benefícios acabam não sendo citados e explorados. Disso a importância de eventos para divulgarem e valorizarem a Erva-mate. “Isso traz benefícios enquanto saúde pública e enquanto cultura da Erva-mate. “Quando a China, a Índia adotarem o chá de Erva-mate como hábito, vamos ter um grande incremento”, avalia.

Por isso, tratar o tema plantas medicinais, neste dia, tem como objetivo reforçar que segurança e soberania alimentar está diretamente relacionada com a saúde. E este conhecimento popular a respeito das plantas medicinais, e que está cada vez mais comprovado pela pesquisa, precisa ser resgatado, valorizado, enfatizado, principalmente porque a sociedade atual se volta mais para o imediatismo e praticidade. Esquecendo e não valorizando a riqueza da flora que temos ao nosso redor, nesse entendimento da extensionista.

Imagem divulgação do evento Emater/RS-Ascar

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