O quesito econômico da Erva-mate, existente antes e aperfeiçoado pelos padres Jesuítas, teve momento destacado durante os aproximadamente dez anos de luta da Revolução Farroupilha. Ali mostrou seu forte poderio nas trocas comerciais com uruguaios e argentinos, principalmente. Em 1980, ganhou status simbólico de grande importância pela lei estadual 7.439.
“É consagrada como símbolo do Estado do Rio Grande do Sul a Erva-Mate ‘Ilex paraguariensis'”, frisa o artigo 1º da lei de 8 de dezembro, assinada pelo governo de José Augusto Amaral de Souza, no Palácio Piratini – Porto Alegre. Fortalecendo a identidade e a percepção sobre o Mate, com avanço da indústria ervateira incentivado ainda pelos farroupilhas.
“Além daquela importância econômica, [Revolução Farroupilha] essa questão do simbolismo de termos a Erva-mate como árvore símbolo do Estado desde 1980”, explica Ilvandro Barreto de Melo, coordenador da Câmara Setorial da Erva-Mate e servidor da Emater/RS-Ascar. Quesito fortalecido pela lei 11.929, de 2003, onde instituí o chimarrão como bebida oficial do Estado.
Junto disso, o fato da Erva-mate ter se tornado o primeiro patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul. A oficialização ocorreu no dia 13 de junho de 2023, no registro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) reconhece o valor histórico-cultural do Sistema Cultural e Socioambiental da Erva-Mate Tradicional, do cultivo à comercialização.
“Percebível então essa presença na história, na importância econômica. Presença também ambiental”, destaca Ilvandro. Sustentando nesse fato de ser o primeiro patrimônio cultural imaterial do Estado. “A cada percepção de observação que se tem no Estado do Rio Grande do Sul está presente, de uma forma ou de outra, a Erva-mate”, frisa o coordenador da Câmara Setorial.