Ao contar as origens, o processo histórico da planta símbolo do Rio Grande do Sul, o Sindicato da Indústria do Mate do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimate/RS) destaca o fato da bebida oficial dos gaúchos estar presente com os antigos povos da América do Sul. “Para os índios Quichuas, antecessores dos Incas, que habitavam o Peru, a erva-mate era uma planta sagrada”, destaca.
Algum tipo de tradição desses habitantes americanos deixava na tumba onde eram sepultados alguns alimentos junto aos corpos. E nesses túmulos a Erva-mate foi encontrada. O curioso de tudo isso é o fato de, possivelmente, terem de andarem de 3 a 4 mil quilômetros até o Sul do Brasil, onde a planta existia e conseguir a iguaria. Além de registros de outras tribos chilenas e bolivianas.
Nessa ancestralidade, dentre os povos originários do Brasil, caigangues e guaranis também depositavam sobre a Erva-mate o conceito de “planta sagrada” e a partir dela extraiam alimentos, remédios e estimulantes, conforme a publicação do Sindimate/RS. Com os jesuítas, primeiro status de “erva do diabo”, mas depois o produto atravessou o Oceano Atlântico como bebida.
Na catequese aos povos originários, eles teriam notado o poder estimulante da bebida feita da Ilex paraguariensis. O estudo da planta, o aperfeiçoamento e reprodução com observação de propriedades milagrosas espalhou na Europa o “chá dos jesuítas”. Inclusive com registro de plantação na região das missões jesuíticas e comércio de chás e chimarrão nos séculos XVII e XVIII.