O produtor de Erva-mate e consultor Delmar Santin destacou o assunto no 3º Seminário Erva-mate XXI. Ele abordou “os problemas e potenciais dos sistemas produtivos de Erva-mate no Brasil” num dos painéis do evento. Disso o entendimento da existência de “desafios importantes que impactam a produtividade e a rentabilidade do setor”, conforme a abordagem feita na palestra.
Santin citou disponibilidade e a qualificação da mão de obra como fatores a serem pensados. Segundo ele, outro problema agravante é a falta de planejamento nos ervais, onde são usadas áreas impraticáveis para colheita (58%) e baixa mecanização (30%), e isso impacta diretamente a produção. Junto disso, o aparato de orientação técnica, configurado como9 pontual pelo consultor e produtor.
Tanto a escassez de assistência técnica quanto o baixo uso de tecnologias, nessa linha de entendimento, contribuem para a baixa produtividade média nacional, na casa de 7,3 toneladas por hectare. Apenas 5% dos produtores atingem alta produtividade (21,1 toneladas/hectare), o que representa quase três vezes mais, se comparar com a produção média do Brasil.
Quando o planejamento não é eficiente, o erval tem aumento de mão de obra, onera, segundo Santin, a manutenção do cultivo. “Os sistemas de poda empregados impactam diretamente na produtividade do erval e, acima de tudo, podem danificar a estrutura da planta causando estresse indesejado quando essa prática for mal conduzida”, alertou o palestrante, sobre esses aspectos.
Contudo, o consultor nota potencial de crescimento, “por exemplo plantios com composição química de interesse conhecida, com variação significativa no teor de cafeína, teobromina e fenóis totais, por exemplo, que abrem portas para a produção de produtos com características específicas”. Outro, seria o sistema CEVAD campo, produção de matéria-prima a partir de mudas “propagadas vegetativamente”, como as clonais, projetando aumento de produtividade de até 119%.
Com informações da Embrapa e imagem/Embrapa/Portal do Mate.